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domingo, 11 de dezembro de 2016

João Castelo falece, e quando governador, Barra do Corda quase virou capital do Estado

Posted at  21:04:00  |  in  

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O deputado federal do Maranhão, João Castelo (PSDB), faleceu na manhã deste domingo (11), no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A morte do parlamentar foi confirmada às 10h15 (horário de Brasília). Ele morreu aos 79 anos de idade. Por telefone, a assessoria informou que o velório será na Assembleia Legislativa, em São Luís. O corpo deverá chegar na capital maranhense ainda na noite deste domingo. O deputado federal será sepultado no Cemitério Parque da Saudade, no bairro Vinhais.
O deputado foi transferido de São Luís para a casa de saúde em São Paulo no dia 31 de outubro. No dia 10 de novembro, ele foi submetido a uma cirurgia para a revascularização do miocárdio. Desde então, estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem previsão de alta.

Em nota, a família confirmou a morte do deputado. "A família do deputado federal João Castelo Ribeiro Gonçalves, cumpre a dolorosa missão de informar aos parentes, aos amigos e a todo o povo maranhense o seu falecimento na manhã deste domingo", diz trecho da nota.

Para quem lembra, faltou pouco, muito pouco para Barra do Corda sediar o governo maranhense.
O ano era de 1981, o governador era, justamente João Castelo e o vice-governador era o barra-cordense, que se tornou general do Exército e se chamava Artur Carvalho.
Na ocasião, o governador Castelo iria descompatibilizar-se para concorrer ao Senado Federal. O vice-governador assumiria o governo e despacharia diretamente de Barra do Corda.

Tudo estava preparado. A chácara do Cláudio Roland, no Sítio dos Ingleses, a qual o general já até chamava de Palácio dos Leões, seria o local de despacho do novo governador. Chegou-se a projetar o sistema de comunicação com São Luís e Brasília e para fechar esse projeto, o general queria ver na prefeitura barra-cordense, Carlos Trajano Borges, que era recém-formado em engenharia civil.
Segundo Borginho, o general Artur costumava dizer que Barra do Corda seria a capital do Maranhão. Também anunciava que iria fazer tudo por Barra do Corda, “coisa que eu nunca tive oportunidade de fazer”, dizia Carvalho.
Mas o general Artur Carvalho morreu antes da desimcompatilização e Barra do Corda deu adeus a esse projeto. 
Realmente os fatos aguardados pelo vice Artur Carvalho se procederam e se seguiram como estavam previstos.
Com a morte de Artur Carvalho em 29 de janeiro de 1982 de parada cardiopulmonar, em 14 de maio de 1982, Ivar Saldanha, que era presidente da Assembleia Legislativa, assumiu o governo maranhense em razão da desimcompatibilização do governador Castelo, que concorreria ao Senado Federal. Ivar Saldanha governou até março de 1983.
Borginho que seria candidato e virtual prefeito barra-cordense conta em entrevista como foram aqueles dias históricos.
De um lado, uma cidade que no ano anterior tinha perdido um dos maiores líderes, o deputado Fernando Falcão, e de outro, a expectativa pelas eleições de 1982 que elegeria o novo prefeito.

Carlos Antonio Trajano Borges, o Borginho, que há mais de 30 anos vive em Porto Velho, Rondônia, onde trabalha como engenheiro civil, para nos contar um pouco dessa história da Barra do Corda que poderia ter se tornado capital do Maranhão.
Borginho é filho de Carlos Borges, foi criança e adolescente nas décadas de 50 e 60 quando morou na praça Maranhão Sobrinho, onde até hoje sua família tem casa residencial, a mesma casa onde morou Maranhão Sobrinho, maior poeta nascido em terras barra-cordenses.


Vá em Paz, João Castelo:
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